A nova moeda entrará em vigor já em 2023. Mas o que isso vai mudar? Dinheiro físico vai acabar? Entenda como será essa jornada de implantação.

A primeira coisa que precisamos esclarecer é que o dinheiro digital não tem nada a ver com Bitcoin ou qualquer outra criptomoeda. Ele é moeda oficial de um país, suas transações são totalmente legais e autorizadas pelo órgão de controle monetário, no caso do Brasil, o Banco Central. Suas movimentações serão todas realizadas por meio eletrônico. A grande diferença mesmo é que você não consegue pegar ou visualizar de forma concreta o dinheiro no seu bolso. Mas quando você visita uma agência bancária e consulta o seu saldo, aí sim você tem um modelo digital do seu dinheiro. Você não está com ele em mãos, e sim eletronicamente através de um saldo de uma conta. A partir do momento que você saca aquele dinheiro, ele passa a ser dinheiro físico. Os meios de pagamento digitais como CashPago ou até mesmo sua carteira digital do PicPay, são formas de moeda digital. Você tem saldo na sua conta ou carteira digital e de lá pode realizar seus pagamentos, transferências, compras ou investimentos como faz atualmente.


Dinheiro Digital e Virtual: existe diferença?

Sim existe diferença. O dinheiro digital é uma moeda oficial, onde você utiliza para comprar no supermercado,
pagar boletos de água e luz e etc. Já a moeda virtual é um dinheiro que não existe no mundo real e sim em ambientes
virtuais como jogos eletrônicos ou eventos fechados. Um exemplo seria o programa BIG BROTHER, onde os participantes recebem, para consumir produtos alimentícios, as estalecas, um dinheiro próprio do programa de TV. Com ela você não conseguiria comercializar um produto ou mesmo pagar a conta do seu supermercado.

Como vai funcionar o real digital?

O real digital é uma versão eletrônica da moeda brasileira. Essas moedas virtuais de países são conhecidas pela sigla
CBDC (Central Banking Currency ou Moeda Digital de Banco Central). A moeda digital funciona da mesma forma que o dinheiro físico: pagamentos, transferências, compras e carteiras digitais, a única diferença é que, sendo regulada pelo Banco Central do país, ela se torna uma das moedas oficiais de negociação e definição de preço. “A verdadeira mudança está na liberdade que os meios de pagamento trazem nesses modelos financeiros digitais, pois se afastam cada vez mais de estruturas físicas como papel moeda, cartões de crédito, máquinas e até agências bancárias”. Afirma Cristiano Dubba, Diretor Executivo de Inovação da CashPago, fintech baiana do segmento de turismo e que é apontada como próximo unicórnio brasileiro.

A inclusão de uma moeda digital em um país é para facilitar as transações financeiras internacionais de grande volume, trazendo mais segurança de dados e agilidade no processo de pagamento. Isso porque as moedas digitais são criptografadas por um sistema de tecnologia complexo e robusto. Portanto, na prática ela não muda os hábitos de consumo, apenas a forma de pagamento.

Agora é aguardar e se preparar para mais uma inovação do mercado monetário brasileiro.